sábado, 13 de agosto de 2011

Batman e a realidade

E lá estava eu em um dia comum de fim de semana, deixei meu carro para lavar e fui andando para casa. Aproveitei que já fazia muito tempo que não andava pela cidade à pé e fui apreciando o caminho. Por volta das 09:45 atravessei a rua e entrei em uma outra no qual me levaria sem erro até minha casa. Pela manhã os bandidos e transgressores ainda acordavam de uma longa noite de trabalho da sexta-feira, portanto eu não corria perigo.

Andando despreocupado, eu olhava senhores e senhoras lavando suas calçadas ou levando seus cachorros para passear. Pensava: "Como seria bom se todos os dias fossem como este, neste momento". Sem pressa, olhava para as paredes, para as placas, para as árvores, canteiros e tampas de ferro. Hein??? Tampas de ferro? Foi então que percebi que as Indústrias Wayne ainda conseguem inserir seus tentáculos pelo mundo.

Por um micro momento pensei que estivesse em Gotham City. Levando para a teoria da conspiração, as indústrias Wayne tem negócios na minha cidade! Mas onde está o Batman que tanto gostaríamos de ver? Onde está o grande justiceiro que prende bandidos e desbanca redes de corrupção? Paro e penso, volto à realidade e me entristeço com a face da verdade. Infelizmente não temos um Batman, acho que ele ainda não ouviu falar de nossa Gotham amazônica. Por enquanto, só vemos Coringas, Duas-caras, Pinguins e Charadas pelas nossas ruas esculachando, depredando e açoitando as honras dos cidadãos de bem. Quem sabe podemos recorrer ao Tarzan, já que ele mora por perto, vivendo na selva. Mas se ele até agora não apareceu, provavelmente foi pego pela Hera Venenosa ou o Crocodilo. Onde estão nossos heróis?

sábado, 3 de julho de 2010

O que você fez hoje?

Você já esteve em algum lugar que gostaria de estar apenas pelo prazer de querer? O impulso da atração pelo emocional, pelo frio, pelo macabro ou pelo belo é tão fascinante para o ser humano que, quando embarcamos nesse universo desconhecido ficamos totalmente envolvidos a tal ponto que é difícil sair de imediato. O desejo pela curiosidade é tão forte no ser humano que às vezes, se não tomarmos cuidado, ultrapassamos as fronteiras do imaginário sem respeito e nunca mais saímos.

Eu já estive no Iraque. Já estive em Paris, Polônia, Inglaterra e Grécia. Já vi criaturas canibais, vi pessoas ou apenas as percebia ao meu lado. Já estive em lugares que os mais corajosos nem ousariam em entrar. Já estive na Lua, Geonosis, Kashyyyk e Kamino. Já bebi sangue de outras pessoas. Já salvei milhares de pessoas. Já fiz coisas que somente um sobrevivente faria. Já entrei em manicômios gigantes. Já fui um líder e já fui liderado. Já viajei pelo tempo e pelo espaço. Já senti o gosto da vitória e também da derrota. Tudo que fiz, vi, ouvi e senti, foi através dos olhos de outra pessoa.

O mundo dos games nos proporciona um universo de possibilidades. Quando falamos em mundos virtuais logo pensamos em uma tela com sons, gráficos e animações que nunca sairão de lá. Mas quando transportamos estes gráficos, sons e animações para as profundezes de nossas mentes, estamos trabalhando os sentidos básicos do ser humano, um trabalho no qual o único mestre é seu filho de 5 anos. Quando sonhamos, entramos em um mundo que pertence apenas à nós. Não existem controles físicos que podem travar no meio de uma ação. Se o universo é apenas nosso, então acho que podemos modificá-lo conforme nossos pensamentos. Este é o nosso controle, o pensamento.

Ultrapassar a barreira da realidade é uma tarefa que poucos jogos conseguem. Saber passar o universo proposto é um trabalho demorado. O designer deve ser criativo, paciente, ousado e sensível. Verdade seja dita: Nem todas as pessoas entrarão pelo portal dimensional do universo game. Talvez por medo, falta de conhecimento ou gosto. Mas aí vão algumas dicas evitar impactos grandes e deixá-lo interessado:

1- Comece pequeno, deixe o jogador à vontade no início, deixe ele se acostumar com sua nova roupa, sua nova personalidade;
2- Apresente seu universo, mostre o relevo, os objetos, os personagens;
3- Dê tarefas fáceis de cumprir, por enquanto.
4- Após algum tempo, passe tarefas mais complexas, porém possíveis de resolver;
5- Deixe-o escolher rumo que quer seguir, coloque mais de uma possibilidade nas soluções dos problemas;
6- Sempre coloque-o em altos e baixos;
7- Nos final de cada tarefa, recompense-o;
8- Faça-o aprender cada vez mais sobre o universo do game.

Está longe de ser uma lista pequena, mas seguindo isto, o jogador sempre lembrará que um dia fez algo tão envolvente e contará sua vivência para as pessoas.

Jogos relacionados com a matéria:
Deus Ex, Vampire: The Masquerade - Bloodlines, Thief: Deadly Shadows, Star Wars: Republic Commando, Bioshock, Call of Duty, F.E.A.R., Elder's Scroll 4: Oblivion e Mass Effect.


Abraços.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

CAMPANHA IMPOSTO JUSTO PARA VIDEO GAMES

CAMPANHA IMPOSTO JUSTO PARA VIDEO GAMES

A indústria global de videogames já ultrapassou a indústria do cinema e da música.

Mas o Brasil representa apenas 0,5% da indústria de videogames. Até o México, muito menor que o Brasil, já chegou aos 2%.

Por quê?

Por causa dos altos impostos que fazem consoles e jogos custarem até o triplo do que custam nos Estados Unidos.
Essa situação é absurda.
Os impostos altos:
- estimulam a pirataria
- prejudicam o consumidor
- prejudicam os varejistas
- prejudicam milhares de estudantes de desenvolvimento e design de games
- prejudicam desenvolvedores e publishers de games
- desestimulam investimento nas tecnologias de ponta, necessárias para o desenvolvimento de games no Brasil
- desestimulam as grandes empresas de games de investir no Brasil.

Para saber mais sobre essa campanha acesse: http://www.impostojustoparavideogames.com.br/

Link permanente ao lado -->

Abraços.

quarta-feira, 17 de março de 2010

Mexendo, Movendo e Montando

Muito bem, agora já está certo! Estamos na era 7 e 1/2 das gerações dos consoles. Depois da última GDC, onde foi apresentado o PlayStation Move, o microfone da Sony com funções de Wii Remote, o mundo viu que a era da 7a Geração está chegando ao fim. Pode não ser o fim propriamente dito, mas é um indício de que as fabricantes de consoles terão que pensar mais uma vez em um hardware inovador.



Com um novo hardware no mercado, pior para as produtoras de jogos, por que vão ter mais trabalho para aprender a tecnologia, arquitetura e perceber as limitações do hardware. Ou seja, para podermos ver jogos que utilizam a nova tecnologia rodando no console, devermos ter mais paciência, pois demooooora!!!

Certa vez eu estava num site discutindo sobre o PS3 Move, aí me veio uma idéia:
"NADA SE CRIA, TUDO SE COPIA !!!" Essa é a grande frase do mercado atual. Vemos jogos copiando idéias de outros jogos e hardware utilizando recursos de outros hardware. Uma coisa é certa: Vence a guerra quem fizer a melhor cópia.

Por um lado a Sony teve inteligência em fazer o lançamento do Move agora, pois os jogadores casuais da Nintendo, estão ficando mais acostumadas com a tecnologia e as crianças que jogavam Mario Galaxy estão crescendo e vão querer algo mais bonito e desafiador, porque elas estão crescendo. Com os adultos nem se fala, pois se antes eles tinham medo da tecnologia cheia de botões da Sony, agora que se acostumaram com os movimentos, podem bater na porta do PlayStation 3 sem medo da tecnologia. Concordo que o Move é uma cópia descarada em formato de microfone ou desodorante Roll-on, mas a questão maior é ABOCANHAR mercado. Os casuais da Nintendo podem se transformar em hardcores da Sony. Contudo, digo que a Sony está chegando atrasada nesse mercado casual, assim como a Nintendo ainda nem chegou no mercado da High Definition (vamos ver com o Wii 2 ). Acho que um está compensando o outro. Resta agora à Nintendo se espertar e correr atrás de novas tecnologias, buscando novas parcerias de software para poder se manter no topo, pois a Sony já está fazendo isso.
Tudo bem aí você pode dizer que o Intelevision e o Jaguar tinham tantos botões quanto um PS3. Mas se formos perceber na época, quantos botões realmente eram utilizados? 3, 4 ...? Vamos pensar no seguinte: Se você nunca tivesse visto um videogame na sua vida e lhe apresentassem o PS3 (sem o Move) e o Wii. Qual você teria mais afinidade? Essa pode ser uma pergunta relativa, mas eu garanto que você se assustaria ao ver tantos botões para apertar no DualShock do PS3 (sem falar nas combinações).


Daí a vantagem da Nintendo em trazer as pessoas que nunca jogaram na vida. O menos é mais. Dito e feito! Por vários períodos consecutivos, a Nintendo liderou as vendas de consoles, apostando no público casual e nos iniciantes da arte gamer. O pioneirismo pode ser uma faca de dois (le)gumes, pois se a novidade for boa, muitas pessoas vão tentar fazer melhor e ainda corre o risco de perder muito clientes.

Aí você pode perguntar: E a Microsoft? Sim, o que será que irá acontecer com o Xbox360? Coitada da MS! Nem com a ajuda do Molyneux!!! Eu digo que ela vai continua sofrendo com o seu console. Pode não ser pelas 3RL (3 Luzes Vermelhas), mas o Natal será um acessório limitado. Fico imaginando como vou jogar Halo na câmera. O que? Não poderei jogar o melhor jogo do Xbox360 no dingo bell? Talvez se a MS lançar um acessório que ajuda na movimentação da câmera, aí terei esperanças. Mas peraí.... A Sony já fez isso!!!!! PlayStation Eye + Move.



Não estou defendendo ninguém, gostaria apenas de deixar umas frases para cada fabricante:

Para a Sony eu digo: Parabéns !!! Já estava na hora de colocar alguma coisa nova (mas nem tanto assim).
Para a Nintendo eu digo: E agora Nintendo? Será que o console High Definition com o Mental Controller vai sair?
Para a Microsoft eu digo: Coitada !!! Melhor trazer o Bill de volta!!!


Abraços.

domingo, 17 de janeiro de 2010

Homem x Natureza

Olá pessoal,

É com muito pesar que estimo minhas condolências às vítimas do terremoto no Haiti. Todos sabemos que não podemos ir de encontro com a força da natureza, pois ela dá e ela tira. Muito se fala sobre o que o homem vem fazendo com o seu planeta, seja envenenando-o com suas químicas ou, simplesmente, se aproveitando, inconsequentemente, de seus recursos. Não está se falando apenas no terremoto do Haiti, mas está se falando em China, Japão, Indonésia, Portugal, EUA, Rússia, Iraq, Irã, Israel, Cisjordânia, Tibet, Alemanha, Cuba, Brasil, Groelândia etc. Todos estão envolvidos de alguma maneira com alguma catástrofe natural, guerra ou conflitos sócio-políticos.



Existe alguma fórmula para resolver isso tudo? Estamos realmente preocupados com o que estamos fazendo com o mundo? Cada pessoa pode ser o executor de alguma ação que é refletida em algum lugar no mundo, inclusive este artigo. Como podemos simplesmente manter o equilíbrio no nosso planeta? Talvez não possa responder esta pergunta nesta vida, mas um dia chegaremos a uma resposta.

Algumas pessoas com visões mais auspiciosas mostram que o pior mau que existe no mundo, é próprio homem. Lembro-me quando vi o filme Avatar, mostrando o que o ser humano é capaz de fazer para alimentar sua ganância e poder.

http://www.youtube.com/watch?v=QJ-DzrY9d00

No mundo dos games existem pessoas que também mostram ao mundo as consequencias e até mostram as soluções dos atos humanos.

I am alive - Jogo da Ubisoft que coloca o jogador em uma situação após um desastre de uma grande cidade.



Disaster: Day of Crisis - Jogo para o Wii que coloca o jogador em situações dentro de desastres naturais.



Fallout - A série Fallout se baseia em um futuro pós apocalíptico quando acontece uma grande guerra nuclear e o jogador, depois de ficar isolado em um bunker anti-guerra, deve procurar seus objetivos fora do isolamento tentando sobreviver em um mundo desconhecido.



S.T.A.L.K.E.R. - A série S.T.A.L.K.E.R. representa uma Chernobyl caótica, depois de muito tempo depois de ter acontecido o grande acidente na usina. Algumas pessoas conseguiram sobreviver ao acidente, mas aconteceu alguma coisa com os seres vivos daquela região, na qual parou no tempo.



City Rain - Este jogo brasileiro coloca o jogador no papel de um administrador para criar uma cidade sustentável, onde mostra a idéia de que é possível manter o equilíbrio entre cidade e natureza.



PeaceMaker - Um game no mínimo politicamente correto, pois o objetivo principal é resolver o conflito entre israelenses e palestinos.




Conclusão

Sabemos que nossos esforços podem contribuir com a paz mundial ou com o equilíbrio natural do planeta. Acredito que nossa humanidade foi criada para evoluir, no entanto, com todas as más notícias que vemos na TV, nos jornais ou pela internet, percebemos que a raça humana não está longe de ser considerada uma raça inferior. Mas ainda existem pensadores que se preocupam com essas questões mais ao longo prazo. Ainda bem que eles existem!!! Mas não basta apoiá-los moralmente, devemos contribuir no sentido de suas realizações darem certo. Pesquisas científicas em prol do bem maior, estadistas bem intencionados, políticos sérios, e, principalmente, nossos professores de infância. Por que eles? Digo-lhes: Pois são eles que fazem ou fizeram-nos acreditar que existe um mundo melhor para viver.

Abraço a todos.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Direitos dos Zumbis

Impressionante como existem jogos no mercado no qual os zumbis são os principais coajuvantes da ação. Os zumbis estão presentes em quase todos os jogos do momento, tais como Dead Rising, Left 4 Dead, Resident Evil, Plants vs Zombies, e até em Call of Duty: World at War. Mas estes seres que tanto fazem a cabeça (ou o cérebro) dos desenvolvedores não apareceram do nada.

De acordo com o site How Stuff Works, a origem dos Zumbis remonta no folclore Haitiano cuja palavra "nzambi" do Kongo, significa "espirito de uma pessoa morta". Os zumbis são evocados por um feiticeiro nos rituais de Vudu, sua mente é fraca que facilita, portanto, sua escravização.


Os feiticeiros podem fazer com que qualquer pessoa, que esteja perto de morrer, se torne um zumbi, aplicando um preparado no organismo do indivíduo que o faz ficar consciente mas sem os sinais vitais ativos (Coração e pulmão). Ele pode falar e até lembrar dos fatos que viveu.


Os zumbis ficaram populares na cultura mundial com o filme de George Romero, "A noite dos Mortos-vivos" de 1968. Neste filme ele trata os zumbis como pessoas que foram vítimas de um acidente radioativo que os transformaram em mortos-vivos.

Emobra os zumbis sejam retratados nos filmes e nos video games como monstros sem alma que só tem o desejo de comer a pessoa viva, devemos lembrar que um dias eles foram pessoas vivas também, mas por algum motivo indesejado foram tranformados em mortos-vivos.

Até mesmo no Haiti existe uma lei que proíbe o ato de transformar pessoas em Zumbi:

Artigo N° 246 do Código Penal Haitiano classifica os administradores de substâncias que criam prolongados períodos de Letargia sem causa de morte como assassinos. Se a substância causa a aparência de morte e resultar em enterro da vítima, o ato é classificado como assassinato.

Podemos perceber que os zumbis não tem culpa de serem o que são, pois a condição de quase-morte os fazem indefesos diante das energias de pessoas vivas. De alguma forma isso pode servir para a realidade politica? Um dia, os zumbis, já foram mães, pais, filhos, irmãos e irmãs de alguém que agora os temem.


No universo atual dos filmes e games, podemos colocar os zumbis como pessoas quase-mortas escravizadas por um feiticeiro ou substância que os deixam com desejo de comer carne viva, pois o sangue ainda pulsa no corpo da pessoa viva. Algumas pessoas podem perguntar: "Por que o cérebro?" O cérebro é a parte do ser humano que está mais vulnerável, por ficar ao alcance das mãos do zumbi, também por ser um orgão pequeno e bem protegido, como um coco. Contudo, o zumbi só pode ir diretamente ao cérebro se o feiticeiro assim o ordenar.


Recentemente, um cineasta amador, Mark Price, fez um filme que custou 50 euros, e o nome é "Colin". Este filme fala sobre, nada mais nada menos que, zumbis. Mas é a perspectiva do Zumbi. Imagine que o filme retrata o zumbi como uma pessoa normal e que é mordido por outro zumbi, transformando-o em um semelhante. Veja o trailer abaixo:



Para àqueles que simpatizam com os zumbis, aí vão suas justificativas de proteção. E para àqueles que os odeiam... peguem leve com eles, pois não sabem o que fazem.

Abraços a todos.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Quando o Cinema imita a arte (dos games)

Olá pessoal,

Falando sério... Você pagaria um ingresso de cinema para assitir à 2 horas de filme ou você compraria um game para jogar por 40 horas? Parece lógico se formos pensar em tempo de diversão. Certa vez, saiu uma pesquisa do NPD Group no qual aponta que a maioria dos americanos preferem jogar videogame do que assitir filmes.

Com isto lanço uma pergunta: Os filmes atuais estão sem enredo ou não evoluíram?
Bem, existem pessoas que podem considerar as duas coisas, mas o fato é que o cinema está menos atrativo para as pessoas, justamente pelo motivo de entreter o espectador por mais tempo.

Que os videogames trazem títulos do cinema, isto todos sabem, mas quando um filme se baseia em um game as coisas mudam de figura. Quando se está jogando as percepções do ser humano ficam a no estado de alerta em quase 100% dos casos, pois para jogar um FPS, por exemplo, o jogador precisa da visão, da audição e do tato, além dos relfexos do cérebro que ditam o que o jogador irá fazer. No cinema utilizamos apenas a visão e a audição, e em algums casos o cérebro para refletir no enredo do filme.

Um filme nunca será igual ao jogo e vice-versa, pois são meios de comunicação diferentes. Um exige mais do sentido humano que o outro.

Para sanar o problema da falta de público do cinema, os filmes buscam sensibilizar o espectador de forma criativa, fazendo-o chorar, rir, ter medo ou deixá-lo tenso. Recentemente, vi filmes que me fezeram refletir para as duas indústrias(Games e Cinema): Um foi [REC]. Uma produção espanhola no qual o diretor utiliza apenas uma única câmera para manter o espectador em estado de tensão. O filme seugue o estilo de Bruxa de Blair, mas com um foco mais fictício, ala Resident Evil(Game).

[REC]


[REC] 2


Em alguns jogos percebe-se a sensção de alegria, tensão e medo, poucos são os casos de choro. Trazer técnicas do cinema para um jogo é mais fácil, pois usa-se apenas a visão para a abordagem. O contrário não ocorre devido à interação intensa que o jogo proporciona.

Outro filme que vi foi Max Payne. Sinceramente, nem Mark Wahlberg nem o diretor não me convenceram a assistir uma continuação do filme. Onde estava a câmera de Bullet Time quando se precisa dela? Eu só vi câmera lenta fixa. Mas que m$%#&@ !

Apesar da tentativa frustrada de manter os fãs do Jogo, Doom - A porta do Inferno coloca a câmera do FPS para um último grito de esperança na salvação do filme. Mas não deu certo. E cadê a super-power-Serra-elétrica? Ora! Vão se f#$%& !

Filme para os fãs TEM QUE TER COISAS QUE OS FÃS GOSTEM !! Não o que o diretor acha que ficou legalzinho. Para fazer filmes de fãs, deve-se fazer uma pesquisa com os fãs. A probabilidade desse filme dar certo é bem maior.

Com o intuito de conseguir mais adeptos, a indústria do Cinema traz a técnica da projeção 3D, que possibilita uma visualização inovadora para a película. Esta pode ser uma salvação para o cinema? Já imaginaram assitir a um filme de Alta Definição em uma TV Full HD e 3D? Seria um sonho de consumo para qualquer cinéfilo.


Filmes 3D



Realizar a experência da interação e prender o espectador é o objetivo das duas indústrias. Para o espectador/jogador sentir o filme ou o jogo, é a máxima da realização pessoal. Para os designers aí vai um recado: "Se preocupem com quem vai jogar ou assistir. O importante é mantê-lo, não deixe ele escapar."

Abraços a todos.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Engine nossa de cada dia

Olá pessoal,

Quando se faz um jogo a primeira coisa que devemos pensar é em seu enredo, personagens, objetos, itens, inimigos, score, arquitetura. Depois de tudo definido, aí sim pensaremos em qual engine ou plataforma gráfica deveremos adotar. No entanto, hoje o mercado de games nos oferece várias opções de engines, abaixo segue algumas que estão disponíveis para os desenvolvedores e tirem suas conclusões para saber qual a melhor para seu jogo:

Torque 3D




Unreal Technology 2



Cry Engine 2




Cry Engine 3




Unreal Engine 3




Abraços a todos.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Inspirações - Parte 2

Saber o que criar é uma das funções mais difíceis de um Game Designer. Recriar algo e deixá-lo inédito é mais difícil ainda. As dificuldades dos desenvolvedores de jogos passa à beira da loucura, pois são tantos jogos e tantas idéias que foram surgindo ao longo da indústria que os designers, às vezes, pensam em temas inseridos no seu subconsciente, na sua infância cheia de medos e paixões.

Quem já assistiu os filmes "Alien: O 8° Passageiro", "O Enigma do outro mundo" e "A Experiência", sabe que o jogo Dead Space é um tipo de Survivor Horror que puxa os mais profundos sentimentos de medo e pavor dos tempos de criança. Época em que assistíamos TV escondidos debaixo do lençou.

Com o lançamento para o Nintendo Wii, Dead Space: Extraction vai tirar o sono de muito marmanjo que assistia aos filmes das décadas de 70, 80 e 90. Este jogo saiu, inicialmente, para PS3, XBox 360 e PC, e agora sairá no console da Nintendo com o intuito de captar os gamers hardcore ou transformar os mais quietinhos em casuais revoltados. Abaixo seguem algumas telas do jogo previsto para sair este ano. Ficaremos no aguardo.

Abraços.



quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Inspirações - Parte 1

Olá pessoal,

Recentemente sairam várias matérias na internet falando sobre a infuência que Hideo Kojima, o criador da série Metal Gear Solid, teve nos filmes. Vamos à lista:

Os Canhões de Navarone (1961) - The Guns of Navarone
Sinopse: Grécia, 1943. Dois mil soldados britânicos perderam-se em Kheros. Exaustos e indefesos, eles têm apenas uma semana para partir, pois em Berlim o supremo comando do eixo determinara fazer uma demonstração de força no Mar Egeu, para fazer a Turquia entrar na guerra do seu lado. A demonstração seria em Kheros, sem valor militar, mas próximo à costa da Turquia. O melhor armamento alemão seria usado e assim os britânicos seriam facilmente dominados, a não ser que pudessem fugir antes. Porém a única rota de fuga possível estava bloqueada, pois dois canhões enormes controlados por um radar estavam em Navarone, uma ilha vizinha. Assim, um grupo aliado tem a quase impossível missão de escalar uma parede de rocha em Navarone e invadir uma fortaleza nazista, onde estão os canhões, que se não forem destruídos vão afundar diversos navios aliados, pondo um fim na tentativa de resgatar os soldados britânicos.

Fugindo do Inferno (1963) - The Great Escape
Sinopse: Em 1943 os nazistas decidem transferir os prisioneiros de guerra militares, que têm maior incidência em tentativas de fugas, para o mesmo campo, que foi projetado para impedir qualquer tipo de evasão. Mas isto foi um erro, pois apesar dos prisioneiros gozarem de certos privilégios, cada um era o melhor na sua "especialidade" e não pretendiam ficar presos até o final da guerra. Logo idealizam um audacioso plano de fuga, que previa a construção de três túneis, mas a idéia não era retirar do campo alguns prisioneiros mas sim duzentos e cinqüenta. "Big X" Bartlett (Richard Attenborough) é um soldado britânico que habilmente elabora todo o plano. Ele é auxiliado por Danny Willinski (Charles Bronson), um polonês que é especialista em fazer trincheiras. Há também dois americanos: Hendley (James Marsden), que tem talento para roubar, e Hilts (Steve McQueen), que tem um jeito rebelde, além de ter idéias próprias de como fugir e ser um recordista na tentativa de fugas. Há ainda Blythe (Donald Pleasence), um mestre na falsificação. A idéia de fazerem três túneis é que se um deles for descoberto os outros ainda servirão para a evasão. Além da fuga propriamente dita há um esquema para, após saírem do campo, chegarem até a Inglaterra ou qualquer outro país neutro.

007 Contra Goldfinger (1964) - Goldfinger
Sinopse: James Bond (Sean Connery) é encarregado de espionar Goldfinger (Gert Fröbe), um poderoso milionário cujas remessas de ouro por diversos países podem esconder ações criminosas. Após ser capturado, Bond descobre que o plano de Goldfinger é bem maior que simples remessas de ouro: ele pretende roubar nada mais nada menos do que as reservas americanas de ouro, guardadas no Forte Knox.

2001: Uma Odisséia no Espaço (1968) - 2001: A Space Odyssey
Sinopse: Desde a "Aurora do Homem" (a pré-história), um misterioso monolito negro parece emitir sinais de outra civilização interferindo no nosso planeta. Quatro milhões de anos depois, no século XXI, uma equipe de astronautas liderados pelo experiente David Bowman (Keir Dullea) e Frank Poole (Gary Lockwood) é enviada à Júpiter para investigar o enigmático monolito na nave Discovery, totalmente controlada pelo computador HAL 9000. Entretanto, no meio da viagem HAL entra em pane e tenta assumir o controle da nave, eliminando um a um os tripulantes.

O Planeta dos Macacos (1968) - Planet of the Apes
Sinopse: George Taylor (Charlton Heston), um astronauta americano, viaja por séculos em estado de hibernação. Ao acordar, ele e seus companheiros se vêem em um planeta dominado por macacos, no qual os humanos são tratados como escravos e nem mesmo tem o dom da fala.

O Franco-atirador (1978) - The Deer Hunter
Sinopse: Três amigos de uma pequena cidade vão para o Vietnã, onde logo as coisas ficam complicadas. Caindo nas mãos dos vietnamitas, são obrigados a jogarem roleta-russa. Eles conseguem fugir, mas suas vidas nunca mais serão as mesmas depois de terem experimentado os horrores da guerra.

O Despertar dos Mortos (1978) - Dawn of the Dead
Sinopse: Zumbis comedores de carne humana estão dominando o mundo. Alguns sobreviventes tentam se abrigar em um shopping abandonado, até que a situação tenha um fim. Não demora para que os zumbis descubram o local.

Nascido para matar (1987) - Full Metal Jacket
Sinopse: Um sargento (R. Lee Ermey) treina de forma fanática e sádica os recrutas em uma base de treinamentos, na intenção de transformá-los em máquinas de guerra para combater na Guerra do Vietnã. Após serem transformados em fuzileiros navais, eles são enviados para a guerra quando lá chegam se deparam com seus horrores.

Duro de Matar (1988) - Die Hard
Sinopse: John McClane (Bruce Willis) é um detetive de Nova York que está indo a Los Angeles para se encontrar com sua esposa (Bonnie Bedelia), que trabalha em uma empresa japonesa. Porém, ao chegar no prédio onde ela trabalha, percebe que o edifício está sendo assaltado por um bando de terroristas e decide atrapalhar seus planos para resgatar sua mulher.

Fogo contra fogo (1995) - Heat
Sinopse: Em Los Angeles é cometido um assalto no qual são roubados US$ 1,6 milhão de títulos ao portador e três policiais são mortos no assalto. Assim, um detetive da Divisão de Roubo e Homicídio (Al Pacino) assume o caso. Apesar de contar com poucas pistas, de estar lidando com ladrões profissionais além de ter problemas em sua vida pessoal, ele tenta impedir que esta quadrilha continue operando.

Predador (1987) - Predator
Sinopse: O major Alan "Dutch" Schaefer (Arnold Schwarzenegger) lidera uma equipe de resgate em uma selva da América Central, para tentar encontrar um ministro estrangeiro e funcionários do governo que saíram da rota e se perderam. O exército acredita que eles estejam nas mãos de guerrilheiros, mas o que eles não imaginam é que a floresta esconde uma ameaça mortal, um ser de outro planeta, fortemente armado, que sente enorme prazer em matar.

Falcão Negro em Perigo (2001) - Black Hawk Down
Sinopse: Em outubro de 1993, os Estados Unidos enviaram um grande contingente de soldados para a Somália, que estava passando por uma guerra civil na época. O plano do exército americano era enviar tropas para o local a fim de desestabilizar o governo da Somália para poder levar comida e ajuda humanitária para a população faminta. Em uma de suas missões, cerca de 100 soldados são enviados para capturar dois generais somalianos mas a operação, que deveria durar em torno de uma hora, passa por complicações quando dois helicópteros Black Hawk são abatidos por atiradores do exército local. A partir de então tem início um grande conflito entre os soldados americanos e o exército local, que resulta em uma batalha de 15 horas e centenas de mortes.

Filhos da Esperança (2006) - Children of Man
Sinopse: 2027. Não se sabe o motivo, mas as mulheres não conseguem mais engravidar. O mais novo ser humano morreu aos 18 anos e a humanidade discute seriamente a possibilidade de extinção. Theodore Faron (Clive Owen) é um ex-ativista desiludido que se tornou um burocrata e que vive em uma Londres arrasada pela violência e pelas seitas nacionalistas em guerra. Procurado por sua ex-esposa Julian (Julianne Moore), Theodore é apresentado a uma jovem que misteriosamente está grávida. Eles passam a protegê-la a qualquer custo, por acreditar que a criança por vir seja a salvação da humanidade.

A Identidade Bourne (2002) - The Bourne Identity
Sinopse: Após ficar à beira da morte, por ter sido baleado, um desconhecido (Matt Damon) acorda sem memória em uma costa do Mar Mediterrâneo. Ele consegue se recuperar, com a ajuda de um médico aposentado, mas tem como única pista de sua identidade um chip que estava implantado em seu quadril, onde estava gravado o número da conta de um banco de Zurique, na Suíça. No cofre deste banco suíço ele descobre que se chama Jason Bourne e que mora em Paris, mas também acha alguns passaportes falsos (com sua fotografia, mas cada um com um nome diferente), uma arma e uma grande quantia em dinheiro. No entanto logo é perseguido, sem entender por qual razão, e demonstra possuir diversas habilidades em autodefesa e luta, além de saber vários idiomas. Ele oferece US$ 20 mil para Marie Helena Kreutz (Franka Potente), que está dificuldades financeiras, para levá-lo até Paris. Após relutar ela concorda, pois precisa do dinheiro. Mas eles não poderiam imaginar o que o futuro lhes reservava.

007 Cassino Royale (2006) - Casino Royale
Sinopse: A 1ª missão de James Bond (Daniel Craig) como agente 007 o leva a Madagascar. Sua tarefa é espionar o terrorista Mollaka (Sebastien Foucan), mas nem tudo sai como o planejado. Bond decide espionar por conta própria o restante da célula terrorista, o que o leva às Bahamas. Lá ele conhece Alex Dimitrios (Simon Abkarian) e sua namorada Solange (Caterina Murino). Alex está envolvido com Le Chiffre (Mads Mikkelsen), o banqueiro de organizações terroristas espalhadas pelo planeta, que pretende conseguir dinheiro em um jogo de pôquer milionário em Montenegro, no Cassino Royale. O MI6 envia Bond para jogar contra Le Chiffre, sabendo que caso Le Chiffre perca a partida isto desmontará sua organização. Mas para esta tarefa o agente 007 terá a companhia da sedutora Vesper Lynd (Eva Green), enviada por M (Judi Dench) para acompanhá-lo na missão.


Podemos perceber que não é somente de outros games que os Game Designers tiram suas idéias. Ou vocês acham que Kojima já estava pensando em criar "Metal Gear Solid 4" quando viu "Os Canhões de Navarone" pela primeira vez? Qualquer fonte artística pode gerar outra fonte artística, basta o artista ligar suas inspirações, seus medos, suas alegrias e suas tristesas, para expressar o que realmente sente, transparencendo para quem vê a sua verdadeira obra prima.


Até a próxima.